Conforme
Bustamante
(2010), as tecnologias da informação e comunicação (TICs) redesenharam o
conceito de cidadania tamanho o impacto que se verifica em seu entorno.
Bustamante, ao desenvolver este tema, sugere dois caminhos possíveis e
antagônicos: o da hipocidadania ou, o da hipercidadania.
O primeiro caminho remete a uma dinâmica de alienação política e
social, no qual se observa: o aumento do controle social; expansão da
informática por padrões proprietários; monopolização dos padrões de
hardwares, softwares e comunicação; promoção de um uso simplesmente
lúdico das TICs [...]; fomento de um uso superficial e não comprometido
das redes sociais virtuais etc. Já o caminho da hipercidadania refere-se
a
um exercício mais profundo da participação política, pelo
qual destacamos: a apropriação e emprego das tecnologias para ações de
relevância social; a utilização das TICs para estabelecer novas formas
representativas de democracia participativa; a promoção de políticas
públicas para o desenvolvimento de uma inteligência coletiva que
favoreça, de fato, os processos de inclusão social, econômica, digital; a
defesa do conceito de
procomun, bem como do conhecimento e software livres (BUSTAMANTE, 2010).